quarta-feira, 7 de julho de 2010

L


"-Mas esse horizonte de recepção não é o espelho? Não é sempre «aquele», a pessoa, que por natureza «é» igual a nós. Que tem sobre o nosso trabalho o olhar que nós teríamos idealmente? Já que a obra é ideal, visto que nós próprios nunca a vemos, não é? Não podemos ver...
Nunca sei quem sou. É preciso o «outro». Talvez seja essa ferida, essa falta do «outro».
-De certeza absoluta. Mas esse é o lado especulativo. De «speculum». De nós esperarmos encontrar aí alguma coisa, não é?
E rimo-nos outravez."


Mafalda Ivo Cruz

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