quarta-feira, 24 de março de 2010

Encontros XXXI


"Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?)
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."

in Tabacaria, Álvaro de Campos

2 comentários:

lampâda mervelha disse...

Um mundo assim feito. Foi a imagem que me ocorreu.

*

lampâda mervelha disse...

http://www.youtube.com/watch?v=_nQrAPgjVEI

Bom dia! :) *